terça-feira, 9 de outubro de 2012

Um dia memorável?

Nesta eleição votei numa candidata a vereadora que melhor satisfez aos meus critérios de seleção. Veja quais foram:
  1. Não podia ser partidário(a) dos Brancos (família que governa há 16 anos Rio Grande, RS).
  2. Deveria ser graduado(a). A minha tinha até Mestrado em Educação Ambiental.
  3. Soubesse a que se candidatava. Impressionante como tinha material de aspirante ao legislativo com propostas de executivo. Construir, reformar, ampliar, capacitar, etc.
  4. Apresentasse uma ideia clara e direta da opinião da candidata sobre alguns pontos bacanas, bem como a trajetória de vida. Gestão de resíduos sólidos, valorização de produtos locais, mobilidade urbana, saúde e bem estar e energias alternativas eram os tópicos que constavam no material que conquistou meu voto. Alguns registros de suas participações em projetos como o Rondon e de Educação Ambiental nas escolas, somados a presença em congressos e no ato público em POA pela luta do Piso Nacional do Magistério corroboraram sua militância.
Infelizmente, minha candidata não foi eleita. Barbara Milene Machado, pelo partido verde (PV), obteve 51 votos, quase 5 vezes menos que o mais votado do PV (248). Aliás, este partido nunca ocupou uma cadeira na Câmara Municipal riograndina. Também, pudera, havia um político que afugentava a população. Por sorte, o senhor Filó esteve ausente nestas eleições.
Não estou decepcionado pela não eleição de minha candidata, pois a convicção que tenho da valorização do meu voto, de que votei limpo e pela minha cidade me fazem em paz com minha consciência.
Caberá a minha candidata não desistir e avaliar sua candidatura, que acredito ser debutante. O maior erro de minha candidata foi não ter cuidado com sua imagem junto ao seu eleitor. Eu passei duas semanas procurando a Barbara, que hora era Barbara Milene, ora era Barbara Machado, mas ela sequer tinha um blog, um twitter... nem um perfil no facebook me consolava. O PV de Rio Grande também. "E isso é absurdo", diria meu xará Russo, Dado e Bonfá. Um partido que tem a bandeira que tem, na década de 10 do século XXI, não ter um sítio eletrônico é absurdo! Fica a experiência para esta bacharela e licenciada em História pela FURG, que me agradaria muitíssimo sua persistência na sua carreira política, desde que permita-me curtir e compartilhar.
Mudando de assunto, mas dentro do tema, que fantástico a queda da dinastia Branco. Agora, uma dúvida me faz pertinente: o povo está a comemorar a eleição de Lindenmeyer ou a queda do Branco? De todo modo, está anotada a data, 07 de Outubro de 2012, dia em que meu deputado estadual (sim, ajudei a elege-lo) calou a família Branco.
Alexandre Lindenmeyer (PT) quebrou 16 anos de sequência do PMDB e da família Branco. Foto: Fábio Gomes
Aliás, Rio Grande fez bonito nas urnas, 84% do eleitorado compareceu, e dos presentes, menos de 6% votou branco e nulo. Para servir de comparação, o maior fórum eleitoral do país, São Paulo, teve 81% de comparecimento e impressionantes 897.791 votos brancos e nulos (13%). Isto significa 6 cidades com eleitorado do tamanho de Rio Grande rasgando seu voto. O exemplo extremo vem de Santa Catarina, em Criciúma, 75% votou nulo. Resultado: uma cidade com quase 140 mil eleitores elegeu um candidato com 21415 votos, 80% dos votos válidos. Protesto? Mensagem aos políticos? Será?

E você? O que achou?

1 comentário:

  1. Relutava, sem um forte motivo, em transferir meu título para Rio Grande. Bom, eis que transferi (depois de muita insistência né!?). E tive duas surpresas, uma boa e outra muito boa: a boa é que mesmo votando em um dos locais mais procurados no Cassino não fui chamada para mesária, e a muito boa (e isso, na verdade, pode ser descrito como uma sensação ótima!) é ter feito parte da derrubada dos Branco.

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